sexta-feira, 16 de maio de 2008

Guerrilha Aberta se expande como uma rede de conhecimentos livres

Chegamos ao final do terceiro mês de publicação da Guerrilha Aberta e enfim, cada dia que passa, a revista fica cada vez mais com a cara que eu sempre pensei. Nessa edição, que pode ser considera a maior feita até hoje, abrimos com uma entrevista exclusiva do ator, diretor e palhaço Márcio Libar, que concede sua primeira entrevista sobre o lançamento do seu livro: "A Nobre Arte do Palhaço", na internet e sobre muitas novidades para os próximos três meses, que está agitando, com direito a Temporada do "O Pregoeiro", na Lapa e muito mais ainda está por vir.

Estreamos ainda a seção Download, onde toda edição, você vai encontrar seja músicas, textos, fotos e informações diversas registradas em diferentes mídias, para você baixar gratuitamente, que estejam dentro da licença de publicação Creative Commons, na qual está revista também é devidamente registrada. Nessa edição, o destaque vai para um grupo de artistas, chamado HI-BRAZIL, que lançaram o projeto "Let´s do the Samba", onde colocam o samba como fio condutor de uma viagem por diferentes ritmos do mundo todo e porque não dizer do universo.

Temos ainda uma estréia, o jornalista Mauro Vianna, que abre sua coluna Nota Preta, onde vai falar sobre música e cultura negra. Mauro é jornalista das antigas e dos movimentos musicais populares. Ele vive dentro desse gigantesco universo, onde a cultura popular e música unem-se para o divertimento do povo. Nesse artigo, ele traz um bate-papo entre Nei lopes, Marilia Trindade Barboza e Haroldo Costa, onde conversam sobre as 54 denominações de sambas.

No universo do humor, temos a coluna Galhofa, escrita por Leo Carnevale que traz um novo artigo sobre uma singela explicação do nome Galhofa. E nesse clima de descontração, começamos a nossa AGENDA, com o bloco de carnaval Empolga às 9 que vai tocar neste sábado, no Estrela da Lapa.

Já no subúrbio carioca, neste domingo, no bairro de Olaria está sendo organizado um Saraú Poético, com direito a apresentações musicais e teatrais e segundo os organizadores é só chegar, tem espaço para todo mundo. Voltando a Lapa, temos no feriado de quinta-feira, a Festa College que vai realizar uma festa especial Beatles, com direito a filme, show de banda e depois discotecagem por apenas um real. É a boa, hein?

E encerrando a agenda dessa edição, o Teatro de Anônimo vai realizar duas apresentações no último final de semana de maio, em comemoração ao dia do Cigano, na Lona do Crescer e Viver, na Praça XI. Já em Santa Teresa, quem puder ir assistir, não pode perder o espetáculo Orixás, realizado pela Cia Rubens Barbot Teatro de Dança, onde 10 orixás dançam ao som de músicas contemporâneas dentro de um Catedral Anglicana até o final de junho.

Finalizando, no final do mês, a FIRJAN estará realizando uma série de encontros, que será aberto pelo FÓRUM RIO CRIATIVO, onde pessoas como
Ministro da Cultura, Gilberto Gil, junto com a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes e pessoas como Nelson Motta e Mauro Mattos discutiram o destino da economia criativa e das indústrias criativas.

Boa leitura para todos!
E até a próxima edição!

Márcio Libar lança o livro: "A Nobre Arte do Palhaço"

Nossa entrevista exclusiva dessa sétima edição, é com o ator, palhaço, diretor e agora escritor Márcio Libar, que começa sua trajetória no início dos anos 80, na Escola Estadual Visconde De Cairú e partir daí, começou a sonhar até fundar o grupo de Teatro-Circo: Teatro de Anônimo. Depois de quase 20 anos de estrada, o mesmo menino já com uma oficina de palhaço e com o espetáculo teatral sobre palhaço, é ganhador de prêmios internacionais de Palhaçaria. No próximo 27 de maio, na Parada da Lapa, na Fundição Progresso, ele lança o seu livro: "A Nobre Arte do Palhaço". E com vocês, Márcio Libar!


Guerrilha Aberta: Agora, você além de ter um espetáculo solo: "O Pregoeiro" e sua oficina. Você está lançando no próximo dia 27 de maio, o seu livro: "A Nobre Arte do Palhaço", que tem o mesmo nome da oficina. Já que você manteve o mesmo nome, você continua mantendo o mesmo objetivo? E o que as pessoas vão encontrar no seu livro?
Márcio Libar: Interessante começar por aí. Na real, o livro fecha essa trilogia: Espetaculo-oficina-livro. Em cada um deles, ou melhor em todos eles eu falo praticamente a mesma coisa, principalmente sobre ser quem se é, ou melhor ser quem você é. Também reforço muito a idéia do palhaço como perdedor, como aquele que perdeu pra esse mundo além de todas as perdas que vamos sofrendo ao longo da vida com as separações, mortes, perdas de emprego. Além da perda maior, que é a perda da nossa pureza e inocência que temos na nossa fase de criança para adulto. O tortell poltrona, palhaço catalão de quem eu dedico um capítulo do meu livro tem uma ótima frase, que eu uso sempre na minha oficina: "a criança quando cresce, se adultéra. Viramos adultos e nos adulteramos". Portanto, se o palhaço é o rei da brincadeira, temos que aprender a brincar e jogar como crianças. É isso que eu falo no livro, na oficina, no espetáculo, na mesa de bar, na esquina. Aliás, acho que esse é meu único assunto com a diferença que eu tenho umas 200 maneiras diferentes de falar sobre ele.


GA: Apesar de ser uma história biográfica, o livro traz vários ensinamentos muitos preciosos de vários mestres de palhaçaria pelo mundo todo que foram passadas à você e a forma de como você vai narrando isso vai conduzindo o leitor, de forma a parecer ser um romance. Porquê você quis escrever uma biografia nesse momento?
Libar: Eu não quis escrever uma biografia. Aliás, a possibilidade de estar escrevendo uma biografia foi o que por alguns momentos travou o meu processo de escrever. Não tenho idade física pra fazer uma biografia. Sou um homem de 42 anos, além de não ter histórico para isso, olho a minha volta e reconheço centenas de mestres, atores mais significativos, ou mesmo muito mais importantes do que minha figura e não tem sua historia registrada. Foi muito doloroso lidar com isso durante o processo.
A questão é: A Dri (Adriana Schneider) que é mestra em teatro com doutorado na área da antropologia com estudo sobre teatro de mamulengo e teatro popular me orientou no sentido de eu narrar a trajetória do meu aprendizado, sem querer criar definições, determinar teorias, seria apenas contar a história do meu aprendizado, do encontro com as pessoas e situações que determinaram meu caminho como artista e como palhaço. Por isso a idéia de narrar como um romance e não de forma jornalistica, criando as imagens, os climas, os sons, os cheiros. A parte mais biografica é necessária pra situar o leitor de onde venho, de onde falo do seculo 21, do Rio de Janeiro, de quem cresceu no suburbio, no bairro da abolição. Seria diferente se tivesse falando do Recife, Ceará, Porto Alegre ou Paraná. Para encerrar, o que eu quero dizer é que que a parte não constitui uma biografia e sim, se impõe como uma necessidade da propria narrativa escolhida, saca?


GA: Entendi! Agora, mudando um pouco de assunto: Você sempre foi uma pessoa muito política, envolvido em várias questões, pela cultura negra, pelo teatro e principalmente pelo acesso a cultura e produção. Como você vai trabalhar agora com o seu livro? Qual o seu maior objetivo com ele?
Libar: Pelo retorno que tive até agora, o que tenho ouvido de geral é que a porra do livro é bom. Isso é um dado que poderia não existir, as pessoas gostam do livro, riem, choram, torcem a favor, pensam em suas vidas. De uma certa forma já ouvi de certas pessoas muito sérias e importantes do nosso meio que dizem: "esse livro mudou minha vida". Eu não podia esperar ter esse tipo de retorno, e você gostou?

GA: Eu adorei!


Libar: Mudou sua vida?
GA:
Mudou! Na realidade, ter convivido com você, os dois últimos anos da minha vida, me transformou na pessoa que eu sou hoje. De alguma forma, eu sou e que sou e luto por um lugar ao sol. Agitando revista eletrônica, produzindo evento e se virando mesmo.

Libar:
Cuidado para não ficar muito homossexual essa declaração

GA: Certo! Voltemos...


Libar: Porque eu me refiro a qualidade artística do trabalho?
GA: Por que?
Libar: Por que a militância pela construção de politicas publicas de melhores condições de expressão, produção e acesso são movimentos coletivos e colabarorativos e até certo ponto, coorporativos, mas a arte é individual.


GA: É justamente sobre isso que o livro também fala sobre dificuldade ou a verdadeira saga que é conseguir viver de arte no Brasil e registra as mudanças na cultura, que hoje é um mercado cultural e além disso mostra que é possível gerar independência com autonômia. Qual é o seu caminho daqui para frente?
Libar: Estou tratando desse assunto, mas você definiu muito bem. Por mais direitos que conquistemos, isso não garantirá que o público pague seu ingresso ou compre seu livro. O que define isso é a qualidade do seu trabalho, o caminho que tenho buscado nos ultimos anos é esse é pela arte. Quando resolvi ser mais artista, investir no meu espetaculo, oficina, fazer um livro ou produzir um curta como o palhaço em campanha que produzi com a direção do Guilherme Fernandez foi quando fui mais eficiente politicamente. Quanto mais me dedico a ser artista, mais útil e revolucionario eu me sinto mesmo porque minhas expressões artisticas, sempre fortalecem a minha ideologia e minha visão de mundo, quanto a distribuição. Quer saber ainda ou já falei demais?


GA: Eu queria saber mesmo, qual é a sua idéia do caminho a percorrer daqui pra frente? Como por exemplo, além disso tudo você agita, ainda realiza junto com Nizo Netto, desde o inicio de 2007 e em 2008, um evento chamado Riso de Janeiro, que tem por objetivo ser uma noite de gala de humor e que recentemente está parado e além disso está fazendo novela. Será que sobra tempo para a revolução e cumprimento da sua missão?
Libar: Ainda bem que você usou a palavra missão, uma palavra meio discriminada. Até por ser um tanto vaga, pois missão não é a mesma coisa que objetivo. Missão é algo que está além de você mesmo, aquilo que dá sentido a sua existência, que ficara depois que você morrer e missão tem haver com isso. Já objetivos são os meios pelos quais você realizará sua missão. Portanto, não tem que haver conflitos entre seus objetivos e sua missão, pois uma é consequencia da outra. No mais é administrar agenda, mas isso ja se chama administração do tempo, a solução nesse caso sempre é: Não criar a ilusão de que você faz várias coisas. Eu não faço varias coisas, tipo: espetáculo, oficina, televisão, cinema. Eu faço uma coisa só, sou um artista cênico: um ator, de formação teatral e circense, que escolhi o palhaço como especialidade e pronto. É isso que eu sou como função social. Agora, sou um tipo de ator que gosto de pensar e refletir sobre o meu fazer, isso agrega a minha personalidade, uma tendência a ser diretor, professor ou mesmo escritor (como agora). Paralelo a isso, tenho meu senso de cidadania e responsabilidade nesse mundo enquanto sociedade civil. Dentro disso surgem diversas atividades que não são antagonicas entre si.


GA: E sobre o Riso de Janeiro?
Libar: É necessário saber separar o que nesse mundo é eventual ou sistemático. Digamos que o sistemático é a missão, ou seja, sou um homem comprometido com o riso, devoto da comédia e do teatro. Dentro disso tenho várias atividades que estão dentro da minha missão que é transformação social e humana, tendo o riso e a alegria como ferramenta principal. Essa é a minha missão! Agora depois do lançamento, por exemplo, fico em temporada todas as terças lá na Choperia da Parada da Lapa como "O Pregoeiro", por tempo indeterminado, mais que uma temporada é uma ocupação de território, onde também estará vendendo meu livro e exibindo o curta "Palhaço em Campanha" é no mesmo local e horário que era o Riso de Janeiro. Esse é meu objetivo pelo menos para os próximos três meses, mas a idéia é que o público fique pela choperia, tomando um chopinho e se tiver uma casa razoavel, a gente abre um microfone e chama uns fominhas pra dar canja, como Os Fulanos, Rey Bianchi, Camila Vaz, Nizo Neto, pessoas assim se derem mole fazem o microfone falar a partir de toda terça a partir das 11 e meia, de repente acaba se criando um espaço até mais demecratico que riso e certamente mais trash.


GA: Para finalizar: O que é ser artista para você?
Libar:
O que comunica, o que se expõe sem pudor, o que deixa que o público veja suas fragilidades, suas dores, e que é capaz de rir de si mesmo, de não se levar a serio. Ahh! E um pouco de pensamento não faz mal a ninguem.


O lançamento do Livro é apenas para convidados, interessados em ir no lançamento, a casa estará aberta a partir das 21 horas, por favor, deixem nome com e-mail nos comentários deste tópico da revista até o dia 25 de maio (domingo). Já o espetáculo "O Pregoeiro", neste dia é fechado. Quem quiser assistir, o espetáculo entra em temporada, todas as terças-feiras no mesmo lugar, por tempo indeterminado.

Download: Hi-Brasil disponibiliza gratuitamente álbum: "Let´s do The Samba"

Lançado pela licença Creative Commons, um coletivo de artistas, que se auto-intitulado, como: HI-BRAZIL disponibilizaram gratuitamente na internet o álbum de estréia: "Let´s do The Samba", onde são apresentadas 13 faixas de música eletrônica, que segundo o grupo escolhem o samba como o fio condutor de um misterioso enredo que cerca a obra, reunindo desde o canto tradicional irlandês ao baião, o Quarup indígena aos sons de máquinas industriais, o banjo norte-americano à tabla indiana.

HI-BRAZIL explica que o objetivo desse trabalho é celebrar a transformação da consciência no mundo globalizado, quando finalmente se percebe que somos uma só tribo e para quem pensa que isso está apenas no planeta Terra, está enganado. Eles vão mais longe ainda, quando afirmam: "discos-voadores, alienígenas e abduções também estão presentes no trabalho, como na explícita e divertida Putz!", que pode ser assista abaixo:



Baixe o disco, ouça as músicas e assista os videoclipes no site:
http://homepage.mac.com/hibrazil
http://youtube.com/hibrazil

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O Creative Commons Brasil disponibiliza opções flexíveis de licenças que garantem proteção e liberdade para artistas e autores. Partindo da idéia de "todos os direitos reservados" do direito autoral tradicional nós a recriamos para transformá-la em "alguns direitos reservados". Para saber mais, assista os videos [1] e [2].

NotaPreta: As várias formas de samba por Mauro Vianna

A Discografia da Música Popular Brasileira registra 54 denominações de sambas


Você já ouviu falar em samba-rock? Já dançou samba-rock? Já dançou o samba-dolente? E o samba-rasgado? Ah, sim, não podemos esquecer do samba-reggae. Samba de terreiro, claro, todos nós o conhecemos. Mas o que é mesmo samba de terreiro? Seria o samba-enredo uma síntese de tudo isso? Com a palavra os Mestres e Doutores do Samba:

A professora Marilia Trindade Barboza, por exemplo, (autora de biografias de Cartola, Paulo da Portela, Silas de Oliveira, entre outras) fez a seguinte análise sobre a bossa-nova como uma forma de samba com influências jazzísticas cujos artífices seriam Tom Jobim e João Gilberto:

"Tom Jobim disse que suas maiores influências foram francesas, de Debussy e Ravel. São esses os pilares de sua obra , que se traduziu no tipo de samba conhecido como bossa-nova. O jazz também sofreu essas influências. Já João Gilberto criou um estilo de tocar e cantar que abandonou a percussão africana, o baixo cantante do violão e a o "bel canto" popular, encontrado nas interpretações de Chico Alves e Orlando Silva, substituindo tudo por um estilo intimista, clean, muito mais identificado com as elites do que com as massas".

O advogado, compositor, cantor, escritor e pesquisador Nei Lopes, por sua vez, lembra que no "quesito Bossa-Nova temos de a obrigação de reconhecer a importância do Tamba Trio, Johnny Alf e João Donato".

Voltando no tempo, ouçamos a professora Graziela Salomão sobre canto e dança populares no Brasil do século XVIII. "Samba, gênero descendente do lundu, começou como dança de roda originada em Angola e trazida pelos escravos, principalmente para a região da Bahia".

Lundu e modinha, matrizes da MPB

Bem, já deu para perceber que estamos em plena sala de bate-papos da Guerrilha Aberta, cujo mais novo convidado é o produtor-pesquisador Haroldo Costa. (Ele fez aniversário no dia 13 de maio. PARABÉNS). Ele concorda, em parte, com a pesquisadora Graziela. Por quê?

- Porque aprofundei este tema na abertura do meu livro Na Cadência do Samba. A discordância é sobre o destino dos angolanos que, majoritariamente, vierem para o Rio de Janeiro.

Questões no ar, polêmicas no ciberespaço. Para evitar qualquer dano, a teia mundial, entra em cena a figura do mediador. Ele coloca a questão e os nossos convidados fazem suas colocações. Haroldo Costa e Graziela Salomão, por exemplo, têm opiniões diferentes quanto ao destino dos negros angolanos. Qual será a posição de Marilia Barboza?

"Alguns ajustes fazem-se necessários para não se misturar às estações", afirma ela.

A definição de lundu está perfeita (lundu e modinha, ambos do século XVIII, são as duas grandes matrizes da música popular brasileira). Mas a trajetória do samba é outra.

- O samba é o próprio batuque-angola-conguense - continua Marília Barboza - do qual saiu o lundu, que é produto da introdução de elementos lusos na rítmica do batuque original. Esse mesmo batuque, presente nas cerimônias religiosas de origem banta, ao receber letra profana, tornaram-se o que hoje chamamos de "samba" e, segundo testemunho dos próprios pioneiros do gênero (como Carlos Cachaça) era sinônimo de macumba e foi levado para a Mangueira por Mano Elói (Elói Antero Dias), patriarca da Serrinha vindo do Vale do Paraíba, interior do Rio de Janeiro. Este fato está consignado em inúmeras letras de sambas da época. O samba da Bahia é outra coisa. Mestre Nei Lopes, por favor:

- O nome "samba" designava várias danças aparentadas, surgidas sincronicamente em vários pontos do país. E o "lundu" pode ser considerado um tipo de samba.

Uma vez no Chat, Nei Lopes emenda a questão de compositores como Dorival Caymmi, Batatinha, Adoniran Barbosa, Lupicínio Rodrigues e suas contribuições à consolidação do samba como identidade nacional.

Para o sambista de Irajá," o samba se consolidou como símbolo da identidade nacional, ali, pelos anos 30. E aí, dessa época, atuante mesmo, só Caymmi".

A professora Graziela retoma o tema Bossa Nova. Ela destaca a influência da cultura musical americana nas harmonias de João Gilberto e Tom Jobim. O teclado é seu, Haroldo Costa:

- É uma impropriedade dizer que Bossa Nova não é samba. A música símbolo do movimento é Chega de Saudade, inegavelmente, no ritmo do samba. Tons Jobim e Vinicius fizeram Só Danço Samba Carlinhos Lira satirizou os que carregaram na tinta com a Influência do Jazz. Não há duvida que as harmonias são mais sofisticadas e pode-se notar a influência dos impressionistas como Debussy, por exemplo.

Há estudos, pesquisas, tese, livros que desenham uma corrente da Bossa-Nova, digamos, mais popular. Segundos estes os estudiosos, houve um racha encabeçado por Baden Powell e Vinícius de Moraes criadores do afro-sambas.

E hora de Marilia Barboza reproduzir a fala do grande Baden:

- Ele afirmou que, nos afro-sambas, o que era afro eram as letras, utilizando a temática negra, produto do momento político em que surgiram. Porque a música e o ritmo dos sambas já eram afros antes de terem esse nome. Repare no reforço de Nei Lopes O que é um "afro-samba?

- O que se utiliza temas de candomblé e capoeira? Então, Edu Lobo e outros também fizeram afro-sambas. O que houve de dissidência foi uma corrente, Carlos Lyra à frente, que optou por temas sociais em vez do lirismo puro e simples.

Senhor mediador, qual e a próxima questão?

Uma corrente mais popular faria ressurgir o samba tradicional do morro no final da década de 60 nas vozes de Cartola, Nelson Cavaquinho e, mais adiante, Candeia, Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola. Este mesclou o estilo ao choro e se transformaria em um ícone do samba tradicional para a corrente mais vanguardista até hoje. Correto?

Haroldo Costa:

- O samba é um ritmo mutante que se apresenta em várias categorias. O choro é esta riqueza que nós conhecemos. Sempre houve, e tudo indica que haverá sempre, cantores e compositores que enriquecerão estes dois gêneros intrinsecamente cariocas. Corte rápido, Nei Lopes:

- É mais ou menos isso, sim. Mas o samba tradicional sempre esteve junto com o choro, sempre foi acompanhado de violões, cavaquinho, pandeiro, flauta. Eu ouso dizer que o choro, ainda mais quando rápido ("chorinho") sempre foi uma forma de tocar samba.

Já Marilia Barboza interpreta, assim, a questão: “samba de morro, que era o ponto de macumba com letra profana, era acompanhado, no seu começo, apenas por percussão.Num segundo momento, nas próprias comunidades, foram surgindo um violão aqui, um cavaquinho ali. Mas somente com o rádio e a gravação de discos é que o conjunto regional (flauta, cavaquinho, dois violões e um pandeiro) passou a acompanhar os sambas. Paulinho da Viola, filho de César Faria, membro do famoso conjunto Época de Ouro, cujo líder era Jacob do Bandolim, desde criança conviveu com o choro. Esse convívio, aliado a um talento ímpar, tornou seu samba mais sofisticado e, por conseguinte, mais palatável àqueles que identificavam o samba tradicional do morro como música rude e de pouca qualidade”.

Lacônica, a professora Marilia Barboza analisa as várias formas de sistematização do gênero (samba-reggae, samba-pop) como inevitáveis produtos da aldeia global, da globalização, da miscigenação musical que nos envolve e, às vezes, até afoga. A diversidade do samba, contudo, e fato, e unanimidade entre nossos mestres.


Bossa Nova, nada mais que samba

Professora Marilia quais seriam, então, as várias formas de samba?

- Segundo a Discografia da Música Popular Brasileira, em 78 rotações, nas etiquetas de discos existem 54 denominações de sub-gêneros do samba, algumas que decididamente não são sambas, como o "Pelo Telefone", de Donga e Mauro de Almeida, assim como todos os de Sinhô, que são maxixes com letra. Outras, totalmente destituídas de valor musicológico, como samba semifilosófico ou samba humorístico. Mas há alguns sub-gêneros que são bem caracterizados. Do grupo de sambas de raiz, temos o samba de terreiro, o partido alto, o samba-enredo, o pagode; já na linhagem do samba de rádio, temos o samba-choro, o samba de breque, a samba-exaltação, o samba bossa-nova.

Haroldo Costa lembra que Jorge Benjor é autor de um dos maiores na emergência da bossa nova um samba intitulado Mas Que Nada, que popularizou Sérgio Mendes no mundo inteiro. O samba sempre teve sobrenomes: canção, jongo, exaltação, e nunca deixou de ser samba. Quanto às varias formas de samba, resume-se em todos que têm o compasso 2/4. “No futuro o samba pode adotar várias configurações como seu primo-irmão, o jazz. Ele se reinventa sem perder a originalidade”.

Antes de sair da sala, Nei Lopes ressalta que todas as formas são formas de samba. Para ele, a relação vai do samba-de-roda da Bahia até o "baba" (meio Iê-Iê-Iê, meio sertanejo) dos raças-negras da vida. Sobre as fusões do samba no futuro, diz ele: "Dependendo do que o mercado quiser, do que as escolas de samba resolverem "inventar" pra incrementar aquele show cada vez mais pobre musicalmente. E da reação que isso tudo suscitar. Cada vez que o samba comercial vai ficando chato, o povão inventa um samba legal. Isso é imprevisível. Pode até voltar tudo como era. Se puderem, ouçam o novo CD da Velha-Guarda do Império Serrano. São tantas as possibilidades. O samba é fogo, não é Marilia?

- Fogo é pouco Nei. O que se pode observar é que o samba cada vez mais demonstra a sua vitalidade e capacidade de adaptar-se a todos os momentos, a todas as temáticas. Por algum tempo, pode parecer adormecido e, de repente, surgir forte como a Fênix renascida. Hoje, cada vez caem mais fortemente as barreiras que confundiam o social com o artístico. Se Nelson Cavaquinho era o sambista do povão e Paulinho da Viola agradava às elites, hoje, Zeca Pagodinho é tão unanimidade quanto Chico Buarque de Holanda. E constatamos com alegria a disseminação do samba-enredo "pelos quatro cantos do universo" (só Portugal tem 38 escolas de samba). O samba é o segundo hino da nossa nação. Aliás, um verdadeiro milagre: mesmo num momento em que o Brasil vive situações tão dramáticas nos setores da política, da segurança, da justiça social, é a classe menos favorecida que nos presenteia com o melhor produto de exportação, gerador da melhor imagem que o país apresenta lá fora: a nossa música popular, o nosso samba.


As imagens do artigo são todas registradas em Creative Commons e são devidamente creditadas em ordem em que elas aparecem neste artigo [1], [2], [3], [4], [5], [6], [7], [8].

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Quem é Mauro Vianna?

Jornalista e Produtor Cultural, (República do Samba, Café de Bambas, Centenário de Carlos Cachaça, Zé Ketty Vive, Darcy da Mangueira, 70 anos, Ismael do Estácio apresenta os seguintes projetos para o biênio 2007/2008: livro, video-documentário e shows.

Galhofa: Apenas Galhofas! Por Leo Carnevale

Convidado a escrever nesta revista, pós-moderna, já que se trata de mídia eletrônica, me deparei com esta coluna que ganhou o nome Galhofa!

Pensei: “O que um palhaço como eu teria a dizer sobre galhofa?

Quando escutei pela primeira vez a palavra galhofa minha boca se encheu de penas, não sei por que, e olha que ela não tem nada haver com galinhas, galos ou outros bichos emplumados.

Indo ao pai de todas as definições descobri inesperadamente significados que falam do homem com detalhes e adjetivos. Confesso que a principio me espantei.

Este substantivo feminino datado do ano de 1647 explícita veementemente, o deboche, o escárnio, o gracejo, fala com detalhes de acontecimentos inesperados, surpreendentes, às vezes depreciativos. Quer dizer: uma achincalhação mesmo.

Mas Galhofar é próprio do homem. Moderno ou não. E só dar uma saída pelas ruas e observar a conversa do cidadão ao lado, (coisa que faço sempre, afinal na minha profissão observar é muito importante), logo nasce um pequeno gracejo, um dito espirituoso, uma ridicularização.

Por isso caros amigos, que este blog lêem, libertai-vos de todo cuidado. Não se escandalizem se não virem nesta coluna perfeição, excelência ou virtude. Salvo nossas tolices, que é o que podemos oferecer. Primeiro seu riso, que nosso pranto.

Galhofas! Apenas Galhofas!

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Quem é Leo Carnevale?
Ator, palhaço e diretor. Leo Carnevale desenvolve seu espetáculo "Pulitrica pelas ruas, praças e onde for bem vindo, sendo Palhaço Afonso Xodó. Há algum tempo, está desenvolvendo sua capacidade literária voltada ao humor, ao teatro e a palhaçaria, aqui apresentada como Galhofa

Estrela da Lapa recebe o bloco de carnaval Empolga às 9

No próximo sábado, dia 17 de maio, o bloco de carnaval Empolga às 9 irá se apresentar no Estrela da Lapa. Com três anos de existência, o bloco já faz parte do cenário carioca, com um repertório de ritmos que vai do samba de quadra ao baião nordestino, passando pelo coco, maracatu e batidas funk. O show começa às 22h30 e o ingresso custa R$25,00.

O grupo conta com as vozes femininas de Eliza Pragana e Magali, Pedro Mazzilo (baixo), Daniel K (cavaco) Luis Militão (guitarra), e com a percussão de: Fernanda Mesa (surdo de 1a) Mauricio Caetano (surdo de 3a), Nado Mesquita (repique), Rodrigo Juruna (caixa), Kiko Cupello (tamborim), Bruno Magalhães (tamborim) e Rita Albano (chocalho, agô-gô e triângulo).

Mais informações em: www.myspace.com/empolga


SERVIÇO:
EMPOLGA ÀS 9 NO ESTRELA DA LAPA

Quando: 22 de maio às 22h30
Onde:
Estrela da Lapa
(Av. Mem de Sá, 69 - Lapa, Rio de Janeiro)

Ingresso:
R$25,00

Sarau Poético reune artistas em Olaria, no Rio de Janeiro

No próximo dia 18 de maio, a partir das 16 horas, o Cio Poético e Bar do Frank irão realizar o evento Saraú & Coisa & Tal, com música, poesia, teatro, exibição de curtas, Fanzines e Palco Livre, para apresentação de artistas que cheguem no evento, com a eventual fome de se apresentar e mostrar o seu trabalho.

O evento será realizado no Bar do Frank, que fica na Rua Eleutério Motta, com Angélica Motta, em Olaria (na rua do Hospital Balbino e próximo ao ponto final do ônibus 484, que vem de Copacabana). Maiores informações podem ser acessadas pelos e-mails: (gfloki@hotmail.com / henlenparedes@hotmail.com).


Deixo uma pequena contribuição virtual para o Saraú Poético:

Adormeci...

Um pouco de mim é solidão
O outro é extasê, frenesi
De insólitas loucuras em devaneio.

Rezo todos os dias
Para não ter que rezar mais

Falho em não conseguir cumprir promessas


Meu coração se rompe por extrema incompetência.

Os dias acorrentam esse tão brando instrumento

Que luta para se manter livre todos os dias

Falha por ser tão pouco e não poder ser dividido.


Que Deus faça da sua vontade

Com este criador
Que não anseia nada mais do que a necessidade

De estar vivo!

Afasta-me da posse e do apego
Dos sentimentos que nada acrescentam a alma
Afasta-me para que não possa mais me entregar
E permanecer alegre e sempre disposto a lutar.

Transforma essas mãos magras
Em instrumentos de força que exerçam com dignidade
O oficio do duro trabalho diário sem certezas

Aponta o caminho a melhor percorrer
Abraça o abraço encantado que sara as chagas
Feitas pelo passado que anseia em ser o presente
Mas não é mais!!!

Enquanto um pouco de mim

São loucuras que não me deixam calado.

A outra é calma e serena
E busca um lugar para se deitar.


Acalentado pela doce luz lunar

Que gentilmente é bela pela sua própria natureza

Há tantos que o sois queimam

Mas a quantas luas que são restauradoras.


Adoro a noite e me embriaga o fato de estar vivo!
O amor que carrego no peito são minhas balas

Que sem vitimas descarrego todas no meu próprio peito

De forma que a morte re-instaure a ordem antes abalada.

Sou do mundo inteiro que anseia por me ter só

Sou desta triste realidade onde o amor é tudo!

Menos amor...
Paixões, ilusões, sonhos, vontades, dúvidas,...


Vinicius Longo (08 de maio de 2008)

Festa College realiza edição especial Beatles por apenas um real

Na próxima quinta-feira, dia 22 de maio, a FESTA COLLEGE realiza uma edição temática Especial Beatles, com exibição do filme "OS EUA CONTRA JOHN LENNON" de David Leaf, John Scheinfeld (2006, 99 min), as 21 horas, no Cine Lapa. O documentário mostra a transformação do Lennon, artista no ativista social e como o governo norte-americano tentou silenciá-lo e expulsá-lo do país. "De todos os documentários já feitos sobre John Lennon, este é o que ele amaria", disse Yoko Ono.

Depois do filme, os Djs da festa: Eduardo Mulder (Paranoid Android), Eduardo Pletsch (Outside Cds), Renato Jukebox, junto com o Dj convidado Maurício Gouveia (da livraria Baratos da Ribeiro), que fazem o som da festa seguindo temática do quarteto de Liverpool, com bandas como: sixties e também grupos influenciados pelos Fab Four (Stones, Who, Small Faces, Animals, Byrds, Hendrix, Kinks, Motown, Pink Floyd, Monkees, Yardbirds etc). Seguindo até o show banda AS DOIDIVINAS, que tocarão suas músicas próprias junto a clássicos do Beatles a partir da meia-noite.

O ingresso da festa é apenas R$1,00 (UM REAL), para quem entrar até 21h30. Depois o ingresso é R$ 5,00 (Mulheres) e R$ 7,00 (Homens) e após 00:00 h fica R$ 7,00 (Mulheres) e R$ 10 (Homens). Quem quiser pode colocar o nome na lista amiga na comunidade do orkut da festa e o ingresso vale a noite toda, por R$5,00. Desde algumas edições passadas, agora é festa é realizada na Pista 1, do Cine Lapa, que oferece entre seus serviços, dose dupla de caipirinha e caipivodka a R$ 7 até o show das meninas (00h) e 4 cervejas (Antarctica) por R$10,00 a noite toda


SERVIÇO:
FESTA COLLEGE ESPECIAL BEATLES

Quando: 22 de maio a partir das 21h30
Onde: Cine Lapa (Rua Mem de Sá, 23 - Lapa - Centro)
Ingresso: Apenas 1 Real (até às 21h30)

Teatro de Anônimo realiza apresentações no Crescer e Viver

No próximo final de semana, o Teatro de Anônimo realiza duas apresentações, às 19h, na Lona do Crescer e Viver, na Praça XI, em frente a estação do Metrô. No sábado dia 23 de maio, será apresentado o espetáculo "Tomara que não Chova". Já no domingo, dia 24 de maio será apresentado será apresentando o espetáculo "Roda Saia Gira Vida". Vale ressaltar que essas serão talvez as últimas apresentações antes do Anônimo, começar viagem pela Europa, durante o mês de junho.

Além do espetáculo serão realizadas ainda
apresentações em homenagem ao dia nacional do cigano, comemorado no dia 24 de maio, instituído por decreto em 2006. Os espetáculos terão bilheteria de R$10,00, com ingresso meia por R$5,00. Quem quiser pode enviar confirmar presença antecipada por e-mail: teatrodeanonimo@crescereviver.org.br e entrar na lista amiga, pagando apenas R$5,00.




SERVIÇO: TOMARA QUE NÃO CHOVA
Quando: 23 de maio às 19h
Onde: Lona do Crescer e Viver
(Praça Onze - Em frente a Estação do Metrô)
Ingressos: R$10,00 / R$5,00 (meia)

RODA SAIA GIRA VIDA
Quando: 24 de maio às 19h
Onde: Lona do Crescer e Viver
(Praça Onze - Em frente a Estação do Metrô)
Ingressos: R$10,00 / R$5,00 (meia)

Espetáculo Orixás vai até final de junho, em Santa Teresa

Até o dia 29 de junho, a Companhia Rubens Barbot Teatro de Dança estará com o espetáculo: O Reino do Outro Mundo - Orixás na Catedral Anglicana São Paulo Apóstolo, em Santa Teresa. O espetáculo segundo a Cia é uma nova leitura do divino bailado dos Orixás, baseado nos movimentos coreográficos presentes nos terreiros de candomblé, com trilha sonora reunindo, entre outros, Beatles e Handel, encenado no interior da Catedral Anglicana São Paulo Apóstolo.

Segundo os diretores da Cia: Rubens Barbot e Gatto Larsen, o espetáculo nasce do desejo de retratar uma roda de candomblé com toques contemporâneos, junto com bailarina, coreógrafa e atriz Valeria Monã e Luís Monteiro, Elvio Assunção e Rubens Rocha (todos ex-bailarinos da companhia) assinam todo o trabalho coreográfico junto com Barbot.


O espetáculo traz 10 artistas, onde nenhum orixá será realizado com os toque correspondente. As músicas foram escolhidas por afinidade com a personalidade de cada orixá e seguindo a pesquisa pessoal do diretor. Sendo assim: Exu dança com música de Carl Orff, Oxum dança ao som de uma ária da obra O Messias de Handel, Oxalá com um hino da Igreja Anglicana gravado na catedral de Wedmister, Yemanjá é dançada com música do atual Vangelis, Ogum ao som de jazz africano, Naná e Xangô ao som dos Beatles. Outros artistas como John Lennon, Hanks Jones e efeitos sonoros e a percussão ao vivo de Jô Ventura também compõem a trilha sonora do espetáculo.

O reino do outro mundo – Orixás recebeu em 2007 o Premio Klaus Vianna – Funarte/Petrobrás.


SERVIÇO:
ORIXÁS - O REINO DO OUTRO MUNDO
Quando: Até 29 de junho - De quinta a domingo às 20h
Onde: Catedral Anglicana São Paulo Apóstolo
(R. Paschoal Carlos Magno, 95 - Santa Teresa)
Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia)
Informações: (021) 2220-5458

FIRJAN realiza FORÚM RIO CRIATIVO

No inicio desse ano, a FIRJAN - Federação das Indústrias do RJ anunciou que o ano de 2008 será nomeado internacionalmente como o ano da econômia criativa e da indústria criativa, que pode ser entendido como todas aquelas indústrias que inserem criatividade e cultura em seu processo produtivo, como a moda, música, web, lazer, software e cinema. Em função disso, no próximo dia 27 de maio, a FIRJAN estará realizando uma série de eventos e movimentos chamada RIO CRIATIVO.

O Fórum contará com a discussão de dois paíneis: Panorama das Indústrias Criativas Rio - Brasil – Mundo, com Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira - Presidente do Sistema FIRJAN e Gilberto Gil, Ministro da Cultura E O Painel II: Criativos do Rio para o Mundo, com Nelson Motta - Escritor e Produtor Musical, Mauro Mattos – Publicitário e Adriana Rattes - Secretária de Estado de Cultura.

Já no período da tarde será realizado várias mesas de debates com especialistas de cultura, economia e assuntos correlatos, como oberto Stern - H. Stern, Gilson Martins – Design de Bolsas na mesa Produto; Walter Carvalho - Diretor de Cinema, Sandra Werneck - Diretora de Cinema, Tim Rescala - Compositor, Arranjador, Autor Teatral e Músico, Maria Augusta Rodrigues - Carnavalesca , Folclorista e Artista Plástica e Anna Bella Geiger - Artista Visual na mesa Mídia, Comportamento e Cultura.


O RIO CRIATIVO é multidisciplinar e irá revelar talentos, reunir ícones de criatividade, homenagear instituições formadoras de profissionais da Indústria Criativa, sensibilizar investidores e debater caminhos para o crescimento da Indústria Criativa no estado do Rio de Janeiro.

O RIO CRIATIVO terá o FÓRUM CRIATIVO, que vai debater idéias e reunir referências para orientar o futuro da Indústria Criativa no estado; O DESAFIO CRIATIVO para revelar novos talentos do cinema, design e ambientes projetados; e, por fim, a MOSTRA RIO CRIATIVO, que irá expor a produção criativa do Rio no passado, presente e futuro.


SERVIÇO:
FÓRUM RIO CRIATIVO
Quando: 27 de maio de 2008
Onde: Firjan (Av. Graça Aranha, 1 - Centro)
Informações e inscrições:
Tel.: 0800 231 231 / www.firjan.org.br/riocriativo

ENTRADA FRANCA

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ninguém mais segura a Guerrilha Aberta!

Chegamos enfim na sexta edição e uma sensação começa a contagiar todo o meu corpo, não sei se é amor, mas é motivante. Justamente essa sensação me traz a certeza de que a partir dessa edição, ninguém mais segura a Guerrilha Aberta! Nessa edição temos muitas surpresas, três entrevistas: A primeira com a Família Clou, família de palhaços que mora em nova Friburgo, que conheci durante o último Anjos do Picadeiro e é uma honra tê-los por aqui. Segunda entrevista temos Ricardo Loureiro, jornalista e agitador cultural que realiza um belo projeto cultural chamado Estrada 55 (não deixem de conhecer esse projeto) e por fim a terceira entrevista fica com a segunda parte da entrevista com a Cia. Circular Brincante.

Já em relação as matérias ainda hoje, nessa sexta-feira tem uma excelente festa na Rádio Comunitária da Lapa, com direito a sardinha frita de graça. Além disso a Lapa ainda tem todo sábado um recital de poesia nas escadarias do Selaron a partir das 23h. Já o SESC Tijuca exibe no domingo das mães o clássico filme: "O maior espetáculo da Terra" de Cecil B.Demille, com direito apresentação circense "Los Pixains" e melhor tudo de graça! Dá para acreditar?

Ainda resaltando a importância sobre das redes, divulgo um novo programa de rádio que começa a funcionar a partir dessa segunda-feira, dia 05 de maio, sobre o subúrbio carioca e vai tratar sobre as produções culturais pela região da Leolpodina, Penha e adjacências, promovidos pela jornalista Joana D´Arc.

E para finalizar, como toda edição a grande novidade fica no final. Gostaria de anunciar que a partir dessa edição temos nossa primeira coluna fixa, chamada Galhofas, escrita pelo ator, palhaço e diretor Leo Carnevale. Leo realzará ensaios e textos sobre o humor, teatro e palhaçaria. Dêem boas vindas ao nosso primeiro colaborador fixo e o recebam bem. Deixo um pequeno em homenagem a esta edição tão especial!
Patch
(Vinicius Longo - 11/02/200)
A alma sem espirito não é nada
Além de tudo o que podemos conseguir
Aprender e desenvolver durante a vida
Não façamos jamais sem amor...
...Seria uma perda de tempo!

E como diria o Pernalonga:
"Por hoje é é só pessoal!"

Entrevista com Família Clou

Abrindo a primeira entrevista dessa sexta edição, entrevistamos uma família de palhaços - Família Clou - Isso mesmo, composta pelos palhaços Frango (Dalmo Latini - O pai) e Nina (Talita Melone - A mãe) e Pingulinho (Ian - O filho) e Cenourinha (Isabela - A filha). A família Clou começou suas atividades cerca de seis anos atrás e desde então busca uma forma de expressar através da arte do palhaço: a simplicidade, tradição e a possibilidade de cada um ser o que é em cena.


Guerrilha Aberta: Quando tudo começou?
Família CLOU: Nosso primeiro contato com essa arte se deu através do encontro com Marcelle Nader (Atriz, palhaça e bonequeira), referência no trabalho de Clown em Friburgo, com quem na época fizemos nossa primeira oficina. Sempre fomos pessoas da pesquisa, da busca e trouxemos para a nossa cidade a oficina do Luiz Carlos Vasconcellos, o Xuxu, (oficina que fez “pipocar” o movimento de Palhaços por aqui) e passamos a travar contato de fato com as delicias e desafios de ser palhaço. Daí "viciamos” no negócio e começamos a perseguir literalmente os palhaços do Brasil e do mundo.
Em seguida conhecemos o Teatro de Anônimo, grupo que começou a nos inspirar pelo estilo e prática do trabalho. Fizemos a oficina A Nobre Arte do Palhaço, com Márcio Libar e passamos à estar em várias apresentações de palhaços no Rio, no Anjos do Picadeiro e por ai vai. Sempre que encontrávamos com Márcio ele dizia “ai vem a Familia Clou” e o nome acabou pegando. Daí desde um encontro inesperado com Tortell Poltrona e um número de presente, Chacovachi, As Marias da Graça, Circo Dux, Teatro de Anonimo, Aziz Gual, amigos que passaram pelas nossas vidas e foram enriquecendo as nossas malas!
Agora tudo isso só ganhou forma quando escolhemos para ser nosso companheiro de estrada, um figura aqui da cidade: Carlito Marchon (ator, diretor e palhaço). Ele foi o cara que fez a gente ir para cena com a cara e a coragem de fazer tudo que desse na idéia. Lembramos da estréia com ele, onde tiramos par ou ímpar pra ver quem (se) jogava na roda primeiro, senão era empurrado mesmo. Ele também vidrou na história de ser palhaço depois de anos de teatro e descobriu-se bufão no Anjos 5, numa oficina com a Daniela Carmona, antes de partir pro céu e ser Anjo de fato! Lembramos de uma das muitas vezes que perdemos em cena, da nossa cara de tristeza, da decepção diante da vontade de acertar e Carlito sempre botando pra cima, nos incentivando, dizendo: “essa é só mais uma...faremos muitas!!!!”.


GA: Vocês como uma família que se dedica inteira a palhaçaria. Como vocês vêem a tradição circence, onde o conhecimento é passado entre gerações. E como e onde vocês aprenderam a arte da palhaçaria?
CLOU: Admiramos e respeitamos muito a tradição, a transmissão do conhecimento, o amor pelo circo, mas também ficamos muito felizes em ver a cada dia pessoas que como nós não são de famílias tradicionais,mas e também amam essa arte, montando suas trupes e se apresentando com trabalhos de qualidade. Inauguramos nossa própria tradição e hoje, nossos filhos são a segunda geração. Nossa admiração pelos palhaços fez nascer uma exposição de pinturas que nos acompanha nas nossas apresentações, fazendo com que o respeitável público conheça histórias belíssimas de palhaços importantes do Brasil e do mundo e comecem a valorizar essa arte. Crianças de hoje que muitas vezes não conhecem esses artistas, ouvem com atenção e curiosidade cada biografia e se apaixonam e saem falando: “eu sou o Dimitri, eu sou o Piolin,eu sou o GrocK....


GA: voces são pessoas que já aprenderam a arte da palhaçaria, com muitos mestres. O último foi o palhaço mexicano Aziz Gual, no Anjos do Picadeiro 6, correto? Como foi essa experiência? E como os aprendizados são aplicados no trabalho de vocês?
CLOU:
O encontro com Aziz foi muito marcante para nós e para nossos filhos. Pessoa de extrema simplicidade e sensibilidade. Sua profundidade técnica nos fez ver o quanto truques simples podem possibilitar uma boa cena. Assim como músicos de um grupo acabam sendo influenciados pelas bandas que gostam e ouvem, percebemos que todos esses artistas que fazem parte da nossa vida nos influenciam bastante. Os aprendizados transmitidos por eles, direta ou indiretamente, viram matéria prima para muito trabalho, experimentações, criação de cenas, que ao longo do tempo adquirem uma identidade própria.


GA: Agora, perguntando sobre família. Como é manter uma família de palhaços, com treinos, ensaios e dividir outras funções como cuidar do lar, estudos. É muito dificil?
CLOU: Familia Clou somos nós, sem tirar nem pôr. É interessante por sermos de uma cidade pequena sempre chamamos atenção ao andar na rua com nossos filhos, as pessoas comentam: “ Olha lá a familia dos Palhaços!”. Nossos filhos tem o maior orgulho e agora tem se apresentado com a gente. São super profissionais, treinam os malabares com o maior afinco. No último Anjos do Picadeiro, eles “mamaram” as apresentações com tanta vontade quanto nós. E mais, são sem dúvida, os melhores diretores que já tivemos!!


GA: O que a família Clou anda fazendo? Vocês vão fazer alguns espetáculos na Rodoviária, esse mês, não é? Como as pessoas podem saber mais sobre essa autêntica família de palhaços?
CLOU: Temos trabalhado bastante aqui na cidade, conquistamos nossos espaços. Recentemente ficamos em cartaz durante 2 meses no teatro daqui. Foi um experiência única pra nós. Pessoas voltando duas, três vezes pra ver o trabalho. Muito gratificante! Participamos de todas as edições do festival de Inverno na Serra e agora iremos participar mais uma vez de um projeto que leva apresentações artistícas à Rodoviária integração no horário de maior pico. Levaremos “O menor Circo do Mundo” para lá. Trabalho que já tem 4 anos de estrada. É bom perceber o quanto as cenas tem melhorado e o quanto ainda precisamos melhorar, mas como dizem os mestres: "Os melhores palhaços são os mais velhos". Então vamos vivendo e aprendendo!
As pessoas podem acompanhar um pouco do que fazemos no nosso blog: www.trupefamiliaclou.blogspot.com


GA: Encerrando, na opnião de vocês, o que é ser artista no Brasil ?
CLOU: O artista é um trabalhador como qualquer outro, mas ainda não é visto e nem se vê dessa maneira. O diferencial é a possibilidade de intervir na vida das pessoas fazendo-as se emocionar, rir por 1 minuto, segundos. Ver uma roda cheia de gente de idade criança, adulto todo mundo se abrindo para você é muito bom.

Entrevista com Ricardo Loureiro e Estrada 55

Continuando as entrevistas, a segunda entrevista é com o jornalista e produtor cultural Ricardo Loureiro, um verdadeiro doido, como se auto-define. Com objetivo de correr atrás de artistas e músicos independentes para divulgá-los através de um projeto independente que desenvolve chamado Estrada 55. Projeto que no próximo domingo, dia 04 de maio estará realizando a sua 45ª edição, realizado na Lapa 40 Graus, a partir das 20 horas.

Guerrilha Aberta: Qual é o seu trabalho?
Ricardo Loureiro: Correr atrás de artistas e músicos independentes desconhecidos do público e da mídia de grande circulação e se empenhar em divulga-los através de um projeto independente, objetivando formar platéias e sem patrocinadores ou uma empresa por trás disso é querer morrer de fome. Fora esta 'loucura', concluí o curso de Comunicação Social, fiz Jornalismo e trabalhei muitos anos e ainda trabalho, como assessor de imprensa para algumas empresas e para particulares. Produzi e editei um zine nos anos 1990, "Na Estrada Zine", e colaborei com outros como 'O Poeta e o Violão' e "O Comunicador Visual". Em agosto de 2004, idealizei o ESTRADA 55 (ex-Rolando na Estrada), para divulgar artistas, músicos em carreira solo, grupos e bandas independentes com trabalhos autorais de vários estilos, dentro de um evento com vários shows.


GA: O projeto tem avançado em relação a mostrar bandas e músicos fora da grande mídia? Como o público em geral tem reagido?
Ricardo: O Projeto ESTRADA 55 existe desde agosto de 2004, com a sua 45ª edição programada para o próximo domingo (04 de maio). Acredito que a nossa persistência mostra que o projeto e sua idéia básica têm vingado e avançado. Em 2007, fomos convidados para produzirmos e realizarmos um programa de rádio on-line, com o mesmo nome, ESTRADA 55, nos estúdios da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, no Rio de Janeiro, e lá tocamos composições de músicos em carreira solo, grupos e bandas independentes com trabalhos autorais, todas às sexta-feiras, de meio-dia às 3 da tarde. Quanto ao público, primeiro, temos que especificar que público é este. Se são músicos desconhecidos, como acharmos esse público? A princípio, a platéia é formada por pessoas interessadas pelo novo, no que está rolando fora da grande mídia, de outros músicos, artistas de modo geral, poetas, produtores. Também se compõe de amigos e parentes dos que vão tocar. O que tentamos fazer é levar este público (o que vai assistir aos shows dos amigos músicos) a tomar conhecimento dos outros artistas que estão no mesmo evento. Pensar em levar a massa para esses eventos é utópia, o que ela quer ver é o que está na 'moda', o que a televisão e os jornais mostram todo dia, toda hora, todo mês, todo ano. Quando eu falo de massa, são os milhões de brasileiros mesmo. O grande público tem o DIREITO de conhecer o novo, ele tem o DIREITO de fazer a sua opção pelo inédito. Talvez esteja faltando uma certa democratização dos meios de comunicação.


GA: O que você poderia dizer sobre a nova safra de músicos e casas noturnas pela noite do Rio de Janeiro. Tem sido fácil, produzir música no Rio de Janeiro?
Ricardo: O que eu produzo é um evento. Tudo começou quando ficou claro pra mim, que a produção musical no Brasil é enorme e que eu e milhares de pessoas que se interessam por música. Não tínhamos acesso a esta produção. Resolvi montar um projeto onde eu incluiria, além de músicos, poetas e artistas cênicos com pequenos esquetes para um evento com duração mínima de 3 horas, com objetivo de divulgar esta produção independente, desvinculada, sem qualquer mídia. Comecei a receber muito material e, com certeza, há uma excelente safra de músicos e compositores de excelente qualidade e que não têm nenhuma oportunidade de mostrarem seus trabalhos e, muito menos ainda, de viver dele. Quanto as casas noturnas, elas visam única e exclusivamente o lucro. Se o artista é famoso, tem uma produtora ou uma empresa patrocinadora ou uma gravadora investindo na divulgação deste artista, a negociação com as grandes casas noturnas é moleza. Mas quando se trata de levar ao público um espetáculo inédito mas sem este investimento anterior, torna-se praticamente impossível se estabelecer uma parceria entre a produção do show e a casa noturna. A solução é estabelecer esta parceria com bares, restaurantes ou alguns espaços culturais para se levar um show ou a realização de um projeto. Porém, em sua grande maioria, esses locais não estão nem aí para quem toca ou para quem produz cultura, eles visam apenas o lucro, como nos grandes estabelecimentos. Alguns desses locais chegam ao ponto de cobrar dos produtores e dos músicos uma determinada quantia para cobrir custos de energia elétrica, empregados da casa, etc. Na minha opinião, os responsáveis por essas casas deveriam contratar um produtor artístico ou um assessor de imprensa para traçar um perfil de sua prórpia casa e divulga-la na mídia ou em locais específicos para atrair o seu público para assistirem aos show que elas contratam. Claro que não são todas que trabalham assim, uma minoria é bastante consciente e profissional. Resumindo, não tem sido nada fácil produzir música no Rio de Janeiro.


GA: E você, como jornalista, como você avalia os espaços nos grandes jornais destinados a música e eventos culturais? Você poderia dizer um ponto positivo e outro ponto negativo desses espaços na grande mídia?
Ricardo: Os grandes jornais têm destinado um espaço bastante significativo à música e eventos culturais e isto é um ponto positivo, porém, como eu já disse, de nomes que têm um patrocinador ou uma gravadora por trás. Eventos culturais como o ESTRADA 55 que não contam com grandes investimentos - quando há algum, ele sai de nossos bolsos - deveriam ter, por parte dos grandes jornais, mais visibilidade. Muitos empresários que têm uma visão do mercado futuro, precisam conhecer produtos - ou projetos, como prefiro chamar - que já estão prontos, estão na ativa, feitos por pessoas comprometidas com a cultura e com o que realizam, e que precisam de um investimento empresarial. Os grandes jornais precisam se ligar nisso, afinal entre seus leitores, com certeza, existem empresários com esta visão.


GA: O que o estrada 55 e o jornalista e produtor cultural, Ricardo Loureiro quer aprontar para esse ano de 2008?
Ricardo: O que queremos é um estabelecimento fixo, onde possamos apresentar diariamente o nosso projeto, ESTRADA 55, com vários músicos, dentro de uma programação. Queremos colocar entrada gratuita e se conseguirmos um patrocinador esta realização se tornará possível, afinal, queremos que o grande público possa ter acesso a esses artistas, músicos em carreira solo, grupos e bandas independentes com trabalhos autorais de vários estilos. Um evento ao ar livre, também está em nossos planos e a continuação de nosso programa on-line via web com shows transmitidos ao vivo pela rádio Maré Manguinhos, na Fiocruz. Estamos prestes a realizar a edição número 50 do ESTRADA 55 e pode ser que acabe rolando um grande patrocínio para um grande evento, quem sabe?


GA: Finalizando, para você, o que é ser artista no Brasil?
Ricardo: Um obstinado e um sonhador ao mesmo tempo. O artista não pode nem deve desistir de seu sonho de ver seu trabalho realizado. O artista tem a necessidade de se expressar, é algo visceral, faz parte do ar que ele respira. E se no Brasil ele conseguir se manter financeiramente, exclusivamente neste ofício, levante as mãos para os Céus e agradeça. Você é um privilegiado por Deus.



SERVIÇO:

ESTRADA 55 (45ª edição) - MPB AO VIVO
Onde: LAPA 40 GRAUS (R. Riachuelo, 97, Lapa)
Quando: Domingo, 04 de maio, às 20h
Telefones: (21) 3970.1338 / 1329
www.lapa40graus.com.br
Entrada: R$5,00

PROGRAMAÇÃO:

20h00m - GANDHI GRECOV & JOANA VOLLMER 20h40m - VALMON 21h20m - DOUGLAS MALHARO 22h00m - MARCELLO SANTOS 22h40m - GRUPO VOCAL DÁ O TOM 23h20m - MAMMATCHAULLY

&


ESTRADA 55 (46ª edição) - MPB AO VIVO
Onde: BIG BEN PUB (R. Muniz Barreto, 374 - Botafogo)
Quando: Segunda,
12 DE MAIO às 20h
Reservas: (21) 2286.8120 / 2538.1956
www.bigbenpub.com.br
Entrada: R$10,00

PROGRAMAÇÃO:

20h - MARCELLO SANTOS
21h - RAPHAEL CARIAS
22h - VALMON

&
Ouça:
ESTRADA 55 on-line / (Link Alternativo)
E-mail: maremanguinhos@fiocruz.br