Abrindo a primeira entrevista dessa sexta edição, entrevistamos uma família de palhaços - Família Clou - Isso mesmo, composta pelos palhaços Frango (Dalmo Latini - O pai) e Nina (Talita Melone - A mãe) e Pingulinho (Ian - O filho) e Cenourinha (Isabela - A filha). A família Clou começou suas atividades cerca de seis anos atrás e desde então busca uma forma de expressar através da arte do palhaço: a simplicidade, tradição e a possibilidade de cada um ser o que é em cena.
Guerrilha Aberta: Quando tudo começou?

Em seguida conhecemos o Teatro de Anônimo, grupo que começou a nos inspirar pelo estilo e prática do trabalho. Fizemos a oficina A Nobre Arte do Palhaço, com Márcio Libar e passamos à estar em várias apresentações de palhaços no Rio, no Anjos do Picadeiro e por ai vai. Sempre que encontrávamos com Márcio ele dizia “ai vem a Familia Clou” e o nome acabou pegando. Daí desde um encontro inesperado com Tortell Poltrona e um número de presente, Chacovachi, As Marias da Graça, Circo Dux, Teatro de Anonimo, Aziz Gual, amigos que passaram pelas nossas vidas e foram enriquecendo as nossas malas!
Agora tudo isso só ganhou forma quando escolhemos para ser nosso companheiro de estrada, um figura aqui da cidade: Carlito Marchon (ator, diretor e palhaço). Ele foi o cara que fez a gente ir para cena com a cara e a coragem de fazer tudo que desse na idéia. Lembramos da estréia com ele, onde tiramos par ou ímpar pra ver quem (se) jogava na roda primeiro, senão era empurrado mesmo. Ele também vidrou na história de ser palhaço depois de anos de teatro e descobriu-se bufão no Anjos 5, numa oficina com a Daniela Carmona, antes de partir pro céu e ser Anjo de fato! Lembramos de uma das muitas vezes que perdemos em cena, da nossa cara de tristeza, da decepção diante da vontade de acertar e Carlito sempre botando pra cima, nos incentivando, dizendo: “essa é só mais uma...faremos muitas!!!!”.
GA: Vocês como uma família que se dedica inteira a palhaçaria. Como vocês vêem a tradição circence, onde o conhecimento é passado entre gerações. E como e onde vocês aprenderam a arte da palhaçaria?

GA: voces são pessoas que já aprenderam a arte da palhaçaria, com muitos mestres. O último foi o palhaço mexicano Aziz Gual, no Anjos do Picadeiro 6, correto? Como foi essa experiência? E como os aprendizados são aplicados no trabalho de vocês?
CLOU: O encontro com Aziz foi muito marcante para nós e para nossos filhos. Pessoa de extrema simplicidade e sensibilidade. Sua profundidade técnica nos fez ver o quanto truques simples podem possibilitar uma boa cena. Assim como músicos de um grupo acabam sendo influenciados pelas bandas que gostam e ouvem, percebemos que todos esses artistas que fazem parte da nossa vida nos influenciam bastante. Os aprendizados transmitidos por eles, direta ou indiretamente, viram matéria prima para muito trabalho, experimentações, criação de cenas, que ao longo do tempo adquirem uma identidade própria.

GA: Agora, perguntando sobre família. Como é manter uma família de palhaços, com treinos, ensaios e dividir outras funções como cuidar do lar, estudos. É muito dificil?

GA: O que a família Clou anda fazendo? Vocês vão fazer alguns espetáculos na Rodoviária, esse mês, não é? Como as pessoas podem saber mais sobre essa autêntica família de palhaços?

As pessoas podem acompanhar um pouco do que fazemos no nosso blog: www.trupefamiliaclou.blogspot.com
GA: Encerrando, na opnião de vocês, o que é ser artista no Brasil ?

2 comentários:
Valeu Vinicius ficou 10!!
Abraços,
Talita
parabéns a entrevista é realmente bilhante..uma porta muito grande pra quem quer seguir a arte com amor! por amor!
e eu aprendo muito com a talita ..mesmo longe !
monique
Postar um comentário