
Zé Dumont, o retirante que deu certo. Nascido no sertão da Paraíba na cidade de Belém do Caiçara, em 1950, filho de Severino do Monte que virou Dumont, eis o porquê de seu sobrenome e Maria Porpino, perdeu a mãe com cinco anos, passando encarar a vida sozinho e com dificuldades. Passou fome, se alfabetizou vendo os cordéis nas feiras. Veio para São Paulo, com o desejo de correr o mundo, o que não podia ser diferente, passou por maus pedaços. Conseguiu emprego de carteiro.
Certo dia ganhou uma entrada de teatro e foi até lá. Apaixonou-se, naquele momento nascia um dos maiores atores brasileiro. Conseguiu um papel na peça. Passou para a TV, onde desempenhou alguns papéis mais ou menos umns vinte. Atualmente faz um pescador na novela os Mutantes da TV Record. Trabalhou em algumas peças de teatro. Rumou para o cinema. Sua estréia foi no ano de 1977, em "Morte e Vida Severina", direção de Zelito Viana, que conta vida de Severino, um retirante que para fugir da miséria da seca vai tentar a vida em outro estado. São as semelhanças da vida dos nordestinos.

O cinema não parou por aí para Zé Dumont, esse monstro sagrado que tem em alguns momentos feições rude e marcada é uma doce e sábia criatura, capaz de falar de vários assuntos ao mesmo tempo.
Zé Dumont declara: "Não tenho um tipo que me favoreça, não sou nenhum Brad Pitt", talvez por esse motivo ele tenha desenvolvido essa forma de interpretar e dar vida aos seus personagens criando o seu próprio método. Ele é capaz de fazer qualquer tipo de personagem. Em sua carreira contam 43 filmes, sendo os últimos "Os dois filhos de Francisco", 2005, dirigido por Breno Silveira e "Veias e vinhos – uma história brasileira" 2006, dirigido por João Batista de Andrade.
O cinema lhe deu vários prêmios sendo: três Troféus Candango, Festival de Brasília, três Kikitos de Ouro, festival de Gramado, APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, em Havana, Miami, Recife e Rio de Janeiro.
Desde o dia 22 de julho, o público tem acompanhado a trajetória cinematográfica desse monstro que foi até o dia 03 de agosto. Foram trinta anos de cinema brasileiro.

A mostra ficou até o dia 03 de agosto de 2008 no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua 1° de março, 66 – Centro – RJ - Inf. 21 3808-2020).
____________________________________________________
Quem é Dalva Beltrão?

Nenhum comentário:
Postar um comentário