Nossa entrevista exclusiva dessa sétima edição, é com o ator, palhaço, diretor e agora escritor Márcio Libar, que começa sua trajetória no início dos anos 80, na Escola Estadual Visconde De Cairú e partir daí, começou a sonhar até fundar o grupo de Teatro-Circo: Teatro de Anônimo. Depois de quase 20 anos de estrada, o mesmo menino já com uma oficina de palhaço e com o espetáculo teatral sobre palhaço, é ganhador de prêmios internacionais de Palhaçaria. No próximo 27 de maio, na Parada da Lapa, na Fundição Progresso, ele lança o seu livro: "A Nobre Arte do Palhaço". E com vocês, Márcio Libar!
Guerrilha Aberta: Agora, você além de ter um espetáculo solo: "O Pregoeiro" e sua oficina. Você está lançando no próximo dia 27 de maio, o seu livro: "A Nobre Arte do Palhaço", que tem o mesmo nome da oficina. Já que você manteve o mesmo nome, você continua mantendo o mesmo objetivo? E o que as pessoas vão encontrar no seu livro?

GA: Apesar de ser uma história biográfica, o livro traz vários ensinamentos muitos preciosos de vários mestres de palhaçaria pelo mundo todo que foram passadas à você e a forma de como você vai narrando isso vai conduzindo o leitor, de forma a parecer ser um romance. Porquê você quis escrever uma biografia nesse momento?
A questão é: A Dri (Adriana Schneider) que é mestra em teatro com doutorado na área da antropologia com estudo sobre teatro de mamulengo e teatro popular me orientou no sentido de eu narrar a trajetória do meu aprendizado, sem querer criar definições, determinar teorias, seria apenas contar a história do meu aprendizado, do encontro com as pessoas e situações que determinaram meu caminho como artista e como palhaço. Por isso a idéia de narrar como um romance e não de forma jornalistica, criando as imagens, os climas, os sons, os cheiros. A parte mais biografica é necessária pra situar o leitor de onde venho, de onde falo do seculo 21, do Rio de Janeiro, de quem cresceu no suburbio, no bairro da abolição. Seria diferente se tivesse falando do Recife, Ceará, Porto Alegre ou Paraná. Para encerrar, o que eu quero dizer é que que a parte não constitui uma biografia e sim, se impõe como uma necessidade da propria narrativa escolhida, saca?
GA: Entendi! Agora, mudando um pouco de assunto: Você sempre foi uma pessoa muito política, envolvido em várias questões, pela cultura negra, pelo teatro e principalmente pelo acesso a cultura e produção. Como você vai trabalhar agora com o seu livro? Qual o seu maior objetivo com ele?
Libar: Pelo retorno que tive até agora, o que tenho ouvido de geral é que a porra do livro é bom. Isso é um dado que poderia não existir, as pessoas gostam do livro, riem, choram, torcem a favor, pensam em suas vidas. De uma certa forma já ouvi de certas pessoas muito sérias e importantes do nosso meio que dizem: "esse livro mudou minha vida". Eu não podia esperar ter esse tipo de retorno, e você gostou?
GA: Eu adorei!
Libar: Mudou sua vida?
GA: Mudou! Na realidade, ter convivido com você, os dois últimos anos da minha vida, me transformou na pessoa que eu sou hoje. De alguma forma, eu sou e que sou e luto por um lugar ao sol. Agitando revista eletrônica, produzindo evento e se virando mesmo.
Libar: Cuidado para não ficar muito homossexual essa declaração
GA: Certo! Voltemos...
Libar: Porque eu me refiro a qualidade artística do trabalho?
GA: Por que?
Libar: Por que a militância pela construção de politicas publicas de melhores condições de expressão, produção e acesso são movimentos coletivos e colabarorativos e até certo ponto, coorporativos, mas a arte é individual.
GA: É justamente sobre isso que o livro também fala sobre dificuldade ou a verdadeira saga que é conseguir viver de arte no Brasil e registra as mudanças na cultura, que hoje é um mercado cultural e além disso mostra que é possível gerar independência com autonômia. Qual é o seu caminho daqui para frente?
GA: Eu queria saber mesmo, qual é a sua idéia do caminho a percorrer daqui pra frente? Como por exemplo, além disso tudo você agita, ainda realiza junto com Nizo Netto, desde o inicio de 2007 e em 2008, um evento chamado Riso de Janeiro, que tem por objetivo ser uma noite de gala de humor e que recentemente está parado e além disso está fazendo novela. Será que sobra tempo para a revolução e cumprimento da sua missão?
GA: E sobre o Riso de Janeiro?
GA: Para finalizar: O que é ser artista para você?
Libar: O que comunica, o que se expõe sem pudor, o que deixa que o público veja suas fragilidades, suas dores, e que é capaz de rir de si mesmo, de não se levar a serio. Ahh! E um pouco de pensamento não faz mal a ninguem.

7 comentários:
Olá equipe do Guerrilha,
Sou apaixonada por esse adorável palhaço e admiradora incondicional do seu criador. Já assisti ao espetáculo na casa da Gávea e por sempre que posso vou ao projeto Riso de Janeiro. Assim, adoraria participar do lançamento do livro.
Se possivel gostaria de incluir, também, o nome de dois amigos:
Simone Barra
Marta Costa
Ricardo Menezes
Abraços
Simone
Olá,
Conheço o Márcio de longa data, desde o tempo da ENC e do Curatul. Bom saber que ele está lançando o livro!
Se der darei uma passadinha por lá.
abraços
Vinicius,
Não estou conseguindo colocar meu nome na lista pro lançamento do livro do Libar. Eu queria muito ir!
Patrícia Ubeda
Já assisti a "O Pregoeiro" e gostei bastante do espetáculo. Gostaria de ir ao lançamento do livro.
NEWMAR VIEIRA
Eu vou.
Bien sûr.
Caraca esse anonimo aí foi
sem o meu consentimento sorry.
QUERO IR NO DOMINGO NO LANÇAMENTO DO LIVRO!!!!!
COMO FAÇO ???
MUITO COMPLEXO A MANEIRA QUE VC SUGERIU!
BEIJOSSSSSSSSS
TERESA!
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