No último dia 01 de julho, Eugenio Barba, um dos maiores diretores de Teatro do mundo esteve no Brasil, para dar algumas oficinas, palestras e demonstrações técnicas do trabalho do seu grupo teatral Odin Teatret. Após sua rica palestra e demonstração técnica realizada pela sua atriz Júlia Varley, no Consulado Italiano, abriu-se para perguntas à platéia. Uma jovem atriz na platéia perguntou: "Como lidar com a diminuição cada vez mais do público nos teatros e como dar perspectivas ao ator que busca iniciar o trabalho na área teatral?"
O diretor pensou alguns segundos e respondeu: "Eu tenho consciência de que o teatro é uma arte minoritária, pois temos hoje a TV, o Cinema e outras formas de mídias de maior consumo. Na Europa, apenas 9% da população consome teatro e sei que se aparecerem 10 pessoas para assistir um espetáculo, eu considerarei um milagre. Pois essas 10 pessoas poderiam estar em qualquer outro lugar, mas elas fizeram de tudo para estar ali para assistir. Quanto ao ator, ele deve estar pronto para fazer um espetáculo não para o público e sim para uma pessoa."
O diretor pensou alguns segundos e respondeu: "Eu tenho consciência de que o teatro é uma arte minoritária, pois temos hoje a TV, o Cinema e outras formas de mídias de maior consumo. Na Europa, apenas 9% da população consome teatro e sei que se aparecerem 10 pessoas para assistir um espetáculo, eu considerarei um milagre. Pois essas 10 pessoas poderiam estar em qualquer outro lugar, mas elas fizeram de tudo para estar ali para assistir. Quanto ao ator, ele deve estar pronto para fazer um espetáculo não para o público e sim para uma pessoa."
No Brasil não muito diferente da Europa, uma pesquisa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em um documento publicado em abril, chamado: "Juventude e políticas sociais no Brasil", revela que apenas 10% dos jovens de 15 a 29 consomem cultura, no Brasil. E quanto o assunto é teatro, essa parcela abaixa apenas para 2,8% dos jovens.
Daí, eu começo a me perguntar o que estou fazendo aqui? Tentando remar contra a maré e penso se realmente essa publicação e esse trabalho é realmente necessário? Penso ainda em quantos grupos e ações culturais são propostas todos os dias, no Rio de Janeiro e pelo Brasil a fora e não são registrados e se perdem no tempo. Há uma constante renovação cultural que não avança e não se aprofunda, não forma público, não fideliza e não constroí pensamentos.
Li, recentemente a obra "A Preparação do ator", do Stanislavsky que diz: "E agora recordem com firmeza o que vou dizer: o teatro, pela publicidade e pelo seu lado espetacular, atrai muita gente que quer apenas tirar proveito da beleza própria ou fazer carreira. Valem-se da ignorância do público, do seu gosto adulterado, do favoritismo, das intrigas, dos falsos êxitos e de muitos outros meios que não tem relação alguma com a arte criadora. Esses exploradores são os inimigos mais mortíferos da arte. Temos que usar contra eles as medidas mais severas e se possível reformá-los será necessário afastá-los do palco. (...) Você tem que decidir de uma vez por todas: Veio aqui para servir a arte e fazer sacrifícios por ela ou para explorar seus próprios fins pessoais?" (Pág 58).
A impressão que fica é a Guerrilha Aberta é cada vez mais um trabalho feito direto da lua, onde só lunáticos e loucos acreditam na cultura, pois há um desejo dentro do povo que deseja estar livre e estar conectado, ser amado e reconhecido enquanto povo brasileiro, de uma nação rica e soberana, exemplo cultural para todo o mundo. Há necessidade e ir buscar dentro dos velhos ditados populares, uma base para tudo isso aqui: "Não deixe que o medo fique à frente dos seus sonhos" e só para complementar, com a ajuda de um mestre: "Matenha-se vivo: Sonhe!".
Então ficamos assim: Esta publicação é acima de tudo, um desejo de estar vivo e manter registrado toda a vida que se passa por ela.
Até a próxima edição, dia 18 de julho!
Do seu editor.
Daí, eu começo a me perguntar o que estou fazendo aqui? Tentando remar contra a maré e penso se realmente essa publicação e esse trabalho é realmente necessário? Penso ainda em quantos grupos e ações culturais são propostas todos os dias, no Rio de Janeiro e pelo Brasil a fora e não são registrados e se perdem no tempo. Há uma constante renovação cultural que não avança e não se aprofunda, não forma público, não fideliza e não constroí pensamentos.
Li, recentemente a obra "A Preparação do ator", do Stanislavsky que diz: "E agora recordem com firmeza o que vou dizer: o teatro, pela publicidade e pelo seu lado espetacular, atrai muita gente que quer apenas tirar proveito da beleza própria ou fazer carreira. Valem-se da ignorância do público, do seu gosto adulterado, do favoritismo, das intrigas, dos falsos êxitos e de muitos outros meios que não tem relação alguma com a arte criadora. Esses exploradores são os inimigos mais mortíferos da arte. Temos que usar contra eles as medidas mais severas e se possível reformá-los será necessário afastá-los do palco. (...) Você tem que decidir de uma vez por todas: Veio aqui para servir a arte e fazer sacrifícios por ela ou para explorar seus próprios fins pessoais?" (Pág 58).
A impressão que fica é a Guerrilha Aberta é cada vez mais um trabalho feito direto da lua, onde só lunáticos e loucos acreditam na cultura, pois há um desejo dentro do povo que deseja estar livre e estar conectado, ser amado e reconhecido enquanto povo brasileiro, de uma nação rica e soberana, exemplo cultural para todo o mundo. Há necessidade e ir buscar dentro dos velhos ditados populares, uma base para tudo isso aqui: "Não deixe que o medo fique à frente dos seus sonhos" e só para complementar, com a ajuda de um mestre: "Matenha-se vivo: Sonhe!".
Então ficamos assim: Esta publicação é acima de tudo, um desejo de estar vivo e manter registrado toda a vida que se passa por ela.
Até a próxima edição, dia 18 de julho!
Do seu editor.
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